Papai Noel bebendo, num cabaré? Esta história é, verdadeiramente, incrível!

Meus internéticos leitores, primeiro saibam o porquê da extemporaneidade deste post. Embora escrito quase às vésperas do Natal, não quis expor esta história àquela época para não suscitar interpretações errôneas acerca de minhas impressões sobre data festiva tão fascinante quanto esta. Por isso, só agora dou à luz essa intrigante experiência.

Certa noite pré-natalina, chego, como de costume, a um barzinho, na verdade um mercadinho onde eu e alguns amigos costumamos nos reunir para batermos papo, botar as ideias em dia e tomar algumas doses alopradas de scotch, servidas por nosso atento amigo Eliomar, proprietário do estabelecimento a desoras transformado em bar.

Em lá chegando, dou de cara com meu jovem médico e amigo, Doutor R... (Pra preservar sua identidade, chama-lo-ei apenas pela primeira letra do nome).

Frise-se, antes, que no dia deste ocorrido, nosso querido esculápio estava de férias e, assim sendo, podia dar-se ao luxo de enveredar por umas farrinhas, vez por outra.

Pois bem, após algumas boas doses do mais puro malte escocês, resolvemos ir a um cabaré elegante sobre o qual tivemos notícias. Em lá chegando, rapidamente, meu Doutor tratou de arranjar-se com uma lindíssima loura, enquanto eu penava pra convencer a uma morena cor de canela, e banqueira, de que eu era um Apolo brasileiro.

Quando menos se espera, vimos, à mesa ao lado, nada mais, nada menos do que Papai Noel!

Não, meus caríssimos leitores, eu (Ainda!) não estava bêbado, não! Era ele mesmo: Papai Noel. Em carne e osso!

Intrigado com “aquela presença” naquele local e pelo seu aspecto tristonho (estaria chorando?), deixei a morena pra lá e tratei de aproximar-me e puxar conversa.

Como eu havia previsto, realmente ele chorava. Copiosamente! Puxei uma cadeira, Sentei-me e, meio indiscreto mas altivo, indaguei:

-E aí, meu bom velhinho, como está? Que te trouxe aqui?

Foi o suficiente para ele desmanchar-se ainda mais em lágrimas e, só depois de algum tempo, começar a contar-me a sua comovente e insólita aventura.

Não me falou de pedidos de presentes, de renas, de festividades, de nada disso. Falou, única e exclusivamente, de sua desditosa aventura naquele triste dia.

Foi algo (ao que me lembre) mais ou menos assim:

-Filho, há muito, muito tempo sou Papai Noel. Já dei alegria pra muita gente. Mas hoje, justo hoje, a véspera de meu aniversário, aconteceu-me a mais escabrosa história que alguém já pode imaginar!

Hoje, ao chegar em meu local de trabalho, num Shopping Center famoso, logo percebi que não teria um bom dia. A cadeira na qual recebo as crianças em meu colo estava quase quebrada, o que me forçava a apoiar todo o meu peso em minha perna direita, para que a mesma não deitasse ao lado, (vergonhoso, aquilo, para um homem com 130 quilos e quase 60 anos de vida, e pior ainda para aquele Shopping!) mas continuei meu trabalho.

E desandou ele, falando entre boas goladas de vinho.

Logo ao receber as primeiras crianças, um pentelhinho resolveu testar minha barba (que é de verdade!) puxando-a com toda força que tinha. Não contente, testou também qual o efeito de seu sorvete sobre meus óculos. Pacientemente, aguentei calado.

Já no início da tarde, pausa para o almoço. Sou chamado à administração. Fui demitido. Sem ao menos saber porquê!

Totalmente desnorteado, sigo para casa. Como contar para minha esposa e filhos que estava demitido do bico que há muitos anos garantia as despesas extras de final de ano em nosso lar?

Em chegando em casa, em horário inesperado, sabe o que eu vi, meu filho?

-Não!... Respondi, curioso.

-Minha mulher, na cama, com meu vizinho!... (E mais uma vez desfez-se em prantos).

Não sabia o que dizer, o que fazer... Fiquei zonzo, mas ensaiei uma desculpa, tentando aliviar sua dor:

-Meu bom velhinho, esqueça essa mulher. Aqui tem tantas, tão maravilhosas! Vamos cair na gandaia. Meu amigo já está na suíte lá em cima, com uma bela loura. Vamos arranjar mais duas aqui e nos juntar a ele!

-Meu filho, na confusão lá em casa, saí tão apressado que sequer percebi que já havia colocado minha carteira sobre a mesa e só descobri este fato agora há pouco. Não sei nem como vou pagar esta conta! Mas em casa (mesmo estando próxima daqui) não volto nem a pau!

Insisti, penalizado, que ele esquecesse a conta; Eu pagaria. E que escolhidas as gatas, subíssemos à suíte onde já se encontrava meu amigo, o que foi, de pronto, aceito pelo Papai Noel.

Descoladas as duas gatas, subimos à suíte. Meu jovem esculápio, em pleno trabalho, mal notou nossa chegada.

Já chegamos nos despindo, menos o Papai Noel, que se contentava em arrumar algo sob a imensa barriga. Fiquei um tanto intrigado mas, empolgado com as meninas, deixei pra lá.

A “festa” rolava solta até que o nosso “bom” (?) velhinho desatou seu pesado cinto e, jogando um imenso travesseiro que lhe servia de barriga ao chão, sacou uma enorme pistola!

Alvoroço geral. Pistola em punho, e agora já sem nenhum aspecto de tristeza, obrigou a todos nós a entrarmos no banheiro. Mas não sem antes surrupiar todos os nossos pertences: Carteiras de cédulas com dinheiro, talonários de cheques, dinheiro, cartões de crédito, nossas joias e as bijuterias das pobres raparigas, que só sabiam chorar.

Toda a sua ação demorou menos que três, quatro minutos. Mas nós, trancados no banheiro, só fomos descobertos e soltos no outro dia de manhã, quando a dona do estabelecimento, estranhando nossa demora na suíte resolveu subir e averiguar o que teria ocorrido.

Claro, não chamamos Polícia, nem registramos qualquer queixa, a não ser a de extravio/perda de documentos, que se faz até pela Internet, sem muitas explicações!...

Acertada a despesa com um enorme VALE, para pagamento na próxima visita, descemos. E cada qual seguiu seu rumo.

Chateado, só próximo de casa fui-me aperceber que, mesmo com tamanho prejuízo, não havia comido ninguém!

E que, doravante, também não acredito mais em porra de Papai Noel nenhum!

Uhu, galera!... Fui.

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