Outro dia, numa sexta-feira chuvosa, estava este escriba e alguns bons amigos, a jogar conversa fora, acerca de inutilidades mis, num mercadinho próximo de casa, de nosso dileto amigo Eliomar, onde todos compramos frutas e vez por outra transformado em bar, quando o assunto centrou-se no velho futebol.

Como não sou muito afeito ao tema, alheio e sorvendo meu scotch, assistia o desenrolar da conversa, onde o companheiro Ary, torcedor fanático do Ceará, insistia que seu clube era bem melhor que seu tradicional rival, o Fortaleza, pelo qual torcia nosso outro parceiro, o Cristiano.

Farpas jogadas de ambos os lados, sobre os respectivos times, o clima começou a esquentar e Cristiano, amigo querido, mas de reconhecido temperamento forte, sentindo-se inquietado com os argumentos, às vezes baixo, de seu querelante, resolve mudar o rumo da prosa.

Por diversas vezes, ensaiava um outro assunto e o insistente Ary voltava, sempre, ao cerne da discussão anterior. Que o Ceará era isso, o Ceará era aquilo e coisas tais.

Já sob o peso dos whiskies consumidos em abundância por todos, nosso bom e querido Cristiano, incomodado com a conversa, a esta hora já pesada, pede, mansamente:

-Ary, vamos deixar esta história de futebol pra lá e vamos falar sobre sexo?

Temendo um desentendimento maior, uníssono, todos nós respondemos:

-Ótimo, vamos!...

Ao que Cristiano, bem a seu estilo, desfechou, para a risada de todos:

-Então vão todos tomar no c...

Estes são meus amigos. Esta é apenas uma das intrigantes histórias de mesa de bar.