Meus internéticos leitores, no momento em que escrevo este post, às 01h25min, de uma morna sexta-feira sem lua, estou tomando um bom vinho e curtindo um belo queijo suíço, em (mais) uma noite insone, mas vocês não têm nada a ver com isso!

Ao fundo, Jorge Vercillo, canta sua musa - E ele gosta disso? - tão mais linda que a Iracema dos lábios de mel, do chatíssimo José de Alencar, que nem DALI, com sua criatividade, ousaria imaginá-la. E vocês continuam não tendo nada a ver com isso.

Uma namorada (im) paciente me serve mais uma taça de vinho e resmunga algo a que não presto atenção. Ela volta ao quarto, onde me espera.

E o que vocês têm a ver com isso?!...

O que importa, na verdade, é a informação que vou lhes passar sobre queijos. Se é que vocês têm alguma coisa a ver com isso e se, sequer, gostam de queijos!

Pois bem, a menos que o vinho me tenha subido à cabeça e eu esteja bêbado (com uma garrafinha, só?) estes queijos suíços são deveras intrigantes. Não obstante os sabores agradáveis, excelentes para acompanhar um bom vinho, eles têm um montão de buracos. E sobre eles eu começo a racionar, profundamente!

Algum barulho, no quarto ao lado da sala onde escrevo, que não percebo ao certo o que é, esvai-se, lentamente. Volto minha atenção ao vinho (mais uma taça, agora servida por mim mesmo) e ao queijo, intrigado.

Vou pesquisar na Internet. Tec, tec, tec... Google. Busca. Tec, tec, tec... Ah, (Como o Google é maravilhoso!...) enfim, achei!

Estes buracos existentes nos queijos, tecnicamente, são chamados de “olhaduras”. (Será que estão olhando para mim?). Tomo outra taça. Agora, o Vercillo já não mais se faz compreender aos meus ouvidos. Outra vez aquele barulho ao lado. Um suspiro profundo, talvez. O que será meus internéticos leitores?

Abro, eu mesmo, a terceira garrafa. Não mais peço ajuda à namorada. Sorvo, deliciado, duas taças consecutivas de vinho. Agora, tenho certeza: Este queijo safado está me espreitando, com estas suas “olhaduras”. Mas deixa para lá! Queijos são queijos e não lhes devo nenhuma satisfação, afinal paguei por ele(s) tudo que me foi pedido, no caixa da delicatessen. E a única coisa que me importa neste momento são seus buracos (olhaduras).

Quarta garrafa! A música, agora, é quase inaudível. Sequer acho a taça na qual, até a pouco, bebia. Pego um copo qualquer, mais ao alcance da mão, agora um tanto insegura. Encho-o. Melhor, transbordo-o. Grande parte do vinho molha a toalha da mesa, limpinha e nova em folha.

Mas, repito, vocês não têm, mesmo, nada a ver com isso!...

Outra vez aquele barulho ao lado seguido, agora, de um estranho som, parecido com o de um motor de carro, que parte em louca disparada. Talvez meu vizinho maluco que, às vezes, inventa de sair pela madrugada afora.

Tento concentrar-me nos buracos. Mais um copo. Melhor, meio. Outra vez a toalha molhada!

Por fim começo uma linha de raciocínio meio complicada, mas verdadeira: Queijos têm buracos. Buracos ocupam espaços que seriam ocupados por mais queijo. Ora, se os buracos ocupam os espaços onde era pra ter queijo, isso que dizer que quanto mais buracos nos queijos, menos queijo. Meus pensamentos vêm em profusão. Confusos. Tenho que continuar com meu raciocínio.

Ora, partindo da premissa anterior de que queijos têm buracos e de que quanto mais buraco menos queijo, chego triunfalmente à triste conclusão de que mais queijo, mais buracos, então, QUANTO MAIS QUEIJO, MENOS QUEIJO(?)!

Decido parar o raciocínio ou melhor dizendo, já não raciocino mais. Lembro-me que a namorada, impaciente e resmungona, me espera no quarto ao lado. Levanto-me, trôpego. Apago a luz da sala e dirijo-me à minha alcova.

Não há mais ninguém lá!... Os barulhos que não entendi, inclusive o do carro saindo em disparada, era ela, aborrecida por não ter recebido a devida atenção. Deito-me triste e solitário. Mas não sem antes, num espasmo de pensamento, entender que queijos suíços são gostosos, mas dão enorme prejuízo!

Afinal você paga caro para “comer buracos”, requer uma despesa adicional com o vinho e ainda pode te levar a perder a namorada.

Por isso decidi: NUNCA MAIS COMO QUEIJOS SUÍCOS!

Mas, e quanto ao vinho?, perguntarão vocês, meus caros leitores.

Bom, sobre o vinho, sei lá!... O vinho?... vinho... hum... vinho...

O que é, mesmo, que vocês têm a ver com isso?!...

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